terça-feira, 3 de novembro de 2009

Museu das Musas fazendo falta

museu das musas

sempre ouvi
que poetas
são seres solitários
freqüentados por musas aéreas
que os alucinam
& inspiram

ouvi também
que musa
é aquela que passa
& tece as taras
do verso no vácuo do mote

para os helênicos
as musas eram
vozes virgens de rios & lagos
regatos & gretas

para os apixanas
elas são a utopia anciã:
nem uiara, nem urutau
nem cuniã

poetas & cientistas
evocam–nas
pedindo
engenho & arte
para lavrar a palavra
& mitigar o enigma

as musas, de certo
são niñas arteiras & sábias
que a escarpa cantante
do olimpo
grafitou como divas etéreas
nas paredes sonoras
dos vasos falantes

4 comentários:

  1. sigo o menino porque assim encontro outros poetas.
    Sumi porque me embrenhei na mata europeia
    que é uma mata bem igualzinha plantada, com esquilo e não tem onça pintada.
    senti falta de seguir a água doce.
    na volta não tive gripe suina, mas trouxe um baita de um tumor debaixo da coxa.
    Que dor!

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  2. naquela manhã
    toda as flores
    estavam ausentes
    nem mesmo os espinhos
    compareceram
    aos rituais mututinos
    apenas
    o girassol
    do alto da amarelidão de suas pétalas
    lançava versos conta o céu
    feito se fossem dardos

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  3. a neve de copenhaguem
    era mais quente que as negociações politicas
    as mulheres bonitas
    exibiam suas roupas pesadas
    em botas bem cortadas
    e xales bordados a mão
    os homens com rostos lindos
    rosados, vermelhos
    em lábios ora finos ora carnudos
    não sabiam definir se o equilibrio do clima
    dependia de suas decisões
    Copenhaguem era só gelo.

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  4. seguindo o Menino de água doce
    bebi iatir
    boiuna encontro robo
    jaci deu aquela olhada devagarinho na aia
    e bá pintou o rosto de genipapo
    eu kaban terminei de beber
    e eparí-dha dei risadas
    da besteira de querer fazer poema tupi mondé

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