domingo, 24 de março de 2013

ele pensava nisso todo dia

"
quando
eu
tiver
partido
quem
ferirá
as
cordas
do
meu
instrumento
na
tarde
?

quem
ocupará
o
espaço
entre
meu
silêncio
e
a
solidão
das
horas
?

quem
assumirá
o
auto
exílio
tecido
em
ausências
sazonais
que
pontuei
?

quem
cantará
a
minha
voz
quando
ela
não
mais
me
pertença
ou
seja
?

quem
lerá
o
poema
que
em
mim
nunca
se
fez
?
"

terça-feira, 5 de março de 2013

nadinha

nada


este
verso

avesso
a
valsa


avesso
a
rima

verso
de
servo

anagramático
corpo
grafado
na
melodia
do

nada

domingo, 3 de março de 2013

quatro vidas

da
primeira
vez
que
morri

morri
de
tédio

mal
para
o
qual
não
remédio

da
segunda
vez
que
morri

morri
de
amor

mal
para
o
qual
não
doutor

da
terceira
vez
que
morri

morri
de
rir

mal
para
o
qual
não
não
há 
elixir

na
eminência
de
uma
quarta
vez

compus
um
requiem-rock
e
"lavei"