sexta-feira, 1 de julho de 2011

musa súbita

uma


ninfa


anárquica


salta


sobre


a


página


pálida


e


grafita


um


rabisco


esbelto

3 comentários:

  1. O teu poema sobre Musa não pode ser respondido com o meu poema banquete, mas como não tenho palavras para comentá-lo, colo o meu para dizer que gosto de teus versos de uma palavra de "perna só" que anda como se tivesse dez, parecendo muito com o que Manoel de Barros diz: "meu violão tem uma corda só". Abraço.

    BANQUETE

    Na palavra em branco
    de brumas,
    espumas
    e silêncios inquietos,
    dedilha o som do verso como uma musa ao piano.
    Dispo a nudez do poema para o banquete ao vento.

    Cada página virada da valsa
    vira vidros quebrados
    que se fizeram milhões
    de pedaços no sol estático...
    (Foram versos escritos na metáfora da noite
    e no clarão das estrelas).

    A musa e o silêncio em mim
    desabrocharam nos espinhos
    da coroa de Cristo.
    Até que a palavra, em estado de ciúmes e khatarsis
    ornamentou o banquete
    das gotas de sangue,
    embranquecendo o avesso da poesia
    que minha alma nua pintou nos olhos de Deus.

    Rosidelma Fraga.

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  2. Sua poesia está ficando mística ou é minha impressão de leitor? De qualquer modo gosto das imagens que ela (a poesia) sugere.

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  3. sei não...
    transposição
    rio
    frio
    ilha presídio
    presídio sem ilha
    nem ilha nem presídio
    sei não...
    musa
    quem sabe...

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