morri
numa
manhã
calma
de
inverno
sob
a
aurora
boreal
uma
chuva
ácida
caia
sem
cor
e
sem
coragem
sob
a
aragem
atômica
ogivas
nucleraes
haviam
dado
uma
rápida
trégua
aos
replicantes
outdoors
de
néon
ainda
faiscavam
anúncios
de
alimentos
sintéticos
e
bebidas
isotônicas
os
chipes
instalados
em
meu
cérebro
entraram
em
curto
e
minha
imagem
se
desintegrou
no
cyberespaço
da
tela
do
desktop
O que a velha pós-modernidade
ResponderExcluirpode fazer com a poesia
com a cidade de PV
por mim por você
com o Gullar
com o Binho
na tela do computador
rola a vida desta dor
a bomba atônica
já detonou
o poeta morreu
sua poesia desintegrou
ainda bem meu mano
que você não é virtual
e a vida ainda não te levou
apesar de ser poema catastrófico
atômico
mui belo é
e nos alerta com seus versos
de calor.
Luiz Alfredo - poeta
tava tocando de tudo no dial
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