quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

futurista

morri
numa
manhã
calma
de
inverno

sob
a
aurora
boreal


uma
chuva
ácida
caia

sem
cor
e
sem
coragem

sob
a
aragem
atômica


ogivas
nucleraes
haviam
dado
uma
rápida
trégua
aos
replicantes

outdoors
de
néon
ainda
faiscavam
anúncios
de
alimentos
sintéticos
e
bebidas
isotônicas

os
chipes
instalados
em
meu
cérebro
entraram
em
curto
e
minha
imagem
se
desintegrou
no
cyberespaço
da
tela
do
desktop

2 comentários:

  1. O que a velha pós-modernidade
    pode fazer com a poesia
    com a cidade de PV
    por mim por você
    com o Gullar
    com o Binho

    na tela do computador
    rola a vida desta dor
    a bomba atônica
    já detonou
    o poeta morreu
    sua poesia desintegrou

    ainda bem meu mano
    que você não é virtual
    e a vida ainda não te levou
    apesar de ser poema catastrófico
    atômico
    mui belo é
    e nos alerta com seus versos
    de calor.

    Luiz Alfredo - poeta




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