ele
é
aquele
eu
ali
grafado
tímido
como
todo
menino
de
curso
primário
ele
é
aquele
eu
além
lendário
sério
como
todo
menino
de
uniforme
diário
eu
era
aquele
ele
lá
eternizado
pela
lente
do
mistério
o
silêncio
insinua
a
sina
do
menino
de
palavra
futuro
do
pretérito
muito maneiro! leveza e indução à reflexão. divulguei e comentei no facebook.
ResponderExcluirvi e agradeço.
ExcluirDe fato
ResponderExcluircom a globalização
ao lado
o caderno
o lápis
a ditadura
de 1966
nem sabia
que ali
estava um poeta
escrevendo
na ponta do fuzil
um poema
uma canção
um verso revolucionário
com as palavras
trancadas no dicionário
eles nem sabiam
Luiz Alfredo - poeta
um moleque saca o outros pelo rastro de luz.
ResponderExcluirAo poeta Binho
ResponderExcluirUm moleque
Um violão quebrado
Um realejo machucado
De blues bossas
Encantado com a moleca
De sombrinha
E leque
Não tinha um calhambeque
Mas tinha um fusca azul
Não tinha um cheque azul
Mas tinha um beija-flor
Que dava pro tacacá
Pro suco de cupuaçu
Não era belo
Mas tinha no jaleque
Um charme de poeta beat
Um broche clave se sol
Um boton hippie
Um beatle quepe
Era um moleque poet
Sem nenhum documento
Apenas um isqueiro zippo
Muito amor no coração
E a América Latina livre
Nas artérias
E aquela canção na on the road
Aquele samba aquele hap
Aquele hino
Era um menino um curumim
Um moleque que quebrava nos pés
Um breque
E tinha os sonhos no poder.
Luiz Alfredo - poeta