domingo, 26 de maio de 2013

inventor de nadas

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vazios 

6 comentários:

  1. Queria
    ser
    poeta
    e
    inventar
    versos

    vazios
    zen
    sem
    nada
    sem
    ninguém

    queria
    ser
    tao
    ser
    caminho
    versos
    a
    la
    binho

    arvore
    violão
    vogais
    cavaquinho

    ser
    um
    poeminho
    a
    la
    binho

    Luiz Alfredo - poeta

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  2. e......na abundância faltam palavras......

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  3. elidindo as palavras, as sílabas, as letras, até não haver vocábulo algum na superfície pálida da página.

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  4. O poema suprimido
    quase sem palavras
    ou palavra alguma
    um poeminha
    um mindim
    sem palavras
    sem sílabas
    sem letras
    sem som
    mas ainda assim
    ficaria o eco
    e a página amarelas
    pálida
    balbuciando com as guelras
    sem ar
    o abstrato poema

    Luiz Alfredo - poeta

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  5. era um vento doido
    desses que apagam baseados
    quando a rua está deserta
    e acabaram-se os fósforos

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  6. E os baseados quase liberados
    pelo supremo
    ficaram apagados entre os dedos
    e a cigarra acessa cantando
    a rua escura
    e os baseados guardando
    as suas doces loucuras
    os vagas-lumes em lumes
    as estrelas brilhando
    e os fósforos se acabaram

    Luiz Alfredo - poeta

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