sábado, 8 de maio de 2010

jogos florais

a
begonha-asa-de-anjo
ganha
espaço
no
bico
do
pássaro

despe
se
das
lagartas
semi
bortoletas
tecidas
em
pétalas

vai
no
vão
violeta
das
asas

5 comentários:

  1. A flor diante da imensidão
    dança diante dos céus e galáxias
    sorri diante do colibri e abelhas
    exala um aroma desvairado
    mas está aprisionada ao jardim
    pura canção telúrica
    raiz arisca aos meteoros divinos
    abriga a dialética das lagartas
    cálices que brinda as borboletas
    mas no bico do pássaro enigmático
    abandona seu destino aromático
    sua sina de flor encantadora
    suas pétalas são asas voadoras
    poema de um tempo em que existiam
    poetas que debulhavam metáforas
    libertavam flores do seu destino
    nas asas do pássaro sem ninho
    voando nos céus violeta
    begonha são pétalas voadoras
    abindo-se em pura liberdade
    neste lindo poema do assaz vaz
    binho.

    Luiz Alfredo - manim
    poeta

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  2. Pra não dizer que não falei das flores...

    É, poetas, quem flores espanta suas dores.

    Lembrei até do cASTRO Alves, dando um "Baile na flor":

    Que belas as margens do rio possante,
    Que ao largo espumante campeia sem par!...
    Ali das bromélias nas flores doiradas
    Há silfos e fadas, que fazem seu lar...

    E, em lindos cardumes,
    Sutis vaga-lumes
    Acendem os lumes
    P'ra o baile na flor.
    E então — nas arcadas
    Das pet'las doiradas,
    Os grilos em festa
    Começam na orquesta
    Febris a tocar...

    E as breves
    Falenas
    Vão leves,
    Serenas,
    Em bando
    Girando,
    Valsando,
    Voando
    No ar!...

    Poetas,
    vou seguir-tes aonde flores...

    Duja Viotto.

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  3. Siga-nos Duja Viotto
    flores são almas que não perderam
    as cores
    estão vidradas na(s) luz(es) solar
    guardam as sementes no seu útero
    manifestação divina encarnação telúrica
    são as vezes expressão de amor
    arrancadas dos seus jardins
    cantam uma canção silenciosa
    que até calam o uirapuru e o japiim
    tem perfumes tão inebriantes
    que atraem besouros e colibris dançantes
    lábios tão doces que vira mel no zoom
    das abelhas
    algumas são puras flores
    outras metamorfose de lindos frutos
    em suas pétalas brilham reluzem e piscam
    as estrelas o luar e vaga-lumes
    escorrem gotas de orvalhos
    onde morrem as dialéticas lagartas
    e dançam as asas das místicas borboletas
    flores que fazem as cabeças coloridas
    fazem passeatas e revoluções
    estancam fuzis e canhões
    são versos nos poemas do Binho e Castro Alves
    São poemas de Rimbaud e Neruda
    são almas que não perderam as cores
    são chás que acalmam nossas dores
    são filhas do arco-íris
    que dilatam nossas íris
    para contemplar o mundo melhor.

    Luiz Alfredo
    poeta

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  4. Rimas

    A flor
    Meu amor
    Ali via a dor

    Desculpe se fui grosso...

    Duja Viotto

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