não fui
homem de lata
homem de palha
ou leão covarde
nem fui
voz de mágico
ensinando que os tijolos
são o elo
entre o real e o irreal
do amarelo
não fui bruxa
do leste ou do oeste
nem Totó ou Dorothy
nem balão ou estrada
fui mais o eterno sorriso
do gato de Alice
num país encantado
de uma outra estória
Sorriso de puro luar
ResponderExcluirque nos leva a todos os caminhos
e a nenhum lugar
sorriso de céu de marmelada
campos de tangerina
pastos de cogumelos mágicos
poemas encantados de lápis de cor
que sorriso enigmático
não é mágico de oz
nem um verso atroz
é um sorriso de coração
como o trago profundo da lagarta
que enche o pulmão
com poemas enigmáticos prismáticos
que nos deixa sem noção
num céu de papel crepon.
Luiz Alfredo - poeta
Maninho, mano velho, que prazer em ser visitado pelas suas sábias palavras. Aquele abraço amazônida!
ResponderExcluirOnomatopaicamente....
ResponderExcluirputaquepariu!
Adorei...
Alinhás...
Lembrando o reverendo Dogson
(http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/alicep.html)
A Lagarta e Alice olharam-se uma para outra por algum tempo em silêncio: por fim, a Lagarta tirou o narguilé da boca, e dirigiu-se à menina com uma voz lânguida, sonolenta.
“Quem é VOCÊ?”, perguntou a Lagarta.
Não era uma maneira encorajadora de iniciar uma conversa. Alice retrucou, bastante timidamente: “Eu — eu não sei muito bem, Senhora, no presente momento — pelo menos eu sei quem eu ERA quando levantei esta manhã, mas acho que tenho mudado muitas vezes desde então.
“O que você quer dizer com isso?”, perguntou a Lagarta severamente. “Explique-se!”
“Eu não posso explicar-ME, eu receio, Senhora”, respondeu Alice, “porque eu não sou eu mesma, vê?”
“Eu não vejo”, retomou a Lagarta.
“Eu receio que não posso colocar isso mais claramente”, Alice replicou bem polidamente,
“porque eu mesma não consigo entender, para começo de conversa, e ter tantos tamanhos diferentes em um dia é muito confuso.”
“Não é”, discordou a Lagarta.
“Bem, talvez você não ache isso ainda”, Alice afirmou, “mas quando você transformar-se em uma crisálida — você irá algum dia, sabe — e então depois disso em uma borboleta, eu acredito que você irá sentir-se um pouco estranha, não irá?”
“Nem um pouco”, disse a Lagarta.
“Bem, talvez seus sentimentos possam ser diferentes”, finalizou Alice, “tudo o que eu sei é: é muito estranho para mim.”
Rivero,
ResponderExcluirtalvez Alice e a lagarta sejam partes do mesmo disfarce: o sorriso do gato ou a fumaça psicodélica do narguilé no acaso do embate, despista mas não esconde o mote.
eheheh! Verdade!
ResponderExcluirEntendo muito bem o que você quer dizer...
Tou vendo que tem um embate....
E, fiquei curiosíssimo. Então...
sergiolmrivero@gmail.com
E isso aí, mano!
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