como
alpiste
desde
o
dia
em
que
me
ordenou
tal
tolice
e
agora
já
não
importa
seu
silêncio
ou
seu
palpite
nem
sua
crendice
em
sentido
que
se
explique
e
por
pura
mesmice
seguirei
rabiscando
o
que
lhe
parece
nonsense
mas
lhe
digo
sem
embuste
:
se
não
criar
meus
repentes
não
chegarei
a
velhice
acredite
Chegaras a velhice
ResponderExcluirsem comer alpiste
sem acreditar em tal crendice
o poema é tua asa de pássaro
rebelde revolucionário pós-concreto
bico de aço baioneta punhal
cantas acordes em cordas de violão
tece nas teias dos rios igarapés
com lápis remo enxada pinceis
a canção dos pássaros encantados
não precisas de painços alpistes
nem temer os espantalhos de braços
abertos e olhos assombrados
poetas não sentem tanta fome
seu alimento são as estrofes
compositores não temem as dores
seus nervos tecem acordes harmonicos
seus dedos procuram os sons tons cores
não temem a morte
porque encontraram na forma
o poema que alimenta a vida
todo santo dia
toda madrugada blogada.
Luiz Alfredo - poeta.
Morrer...
ResponderExcluirMas que tolice!
Sabe o que
seu Manuel
me disse?
"Passarrinho
não tem
velhice"
Passarinho avoa!
A versão, corrigindo o nome do seu Manoel
ResponderExcluirMorrer...
Mas que tolice!
Sabe o que
seu Manoel
me disse?
Passarrinho
não tem
velhice
Passarinho avoa!
A anuncida morte do poeta?
ResponderExcluirpoeta
ResponderExcluirque morre
mas deixa seus versos
a nos alucinar
atormentar
sangrar nosso coração
canção de puro pássaro
oração de espirito sombrio
poetas que morrrem
mas continuam a assombrar
com seus poemas eternos
que nunca morrem
pessoas morrem
e nos deixam em silencio
mas eles não
suas estrofes se cravam
em nosso ser
e ficam nos olhando
como espantalhos de olhos abertos.
Luiz Alfredo - poeta