terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Lero com o leitor 5

como
alpiste
desde
o
dia
em
que
me
ordenou
tal
tolice

e
agora
não
importa
seu
silêncio
ou
seu
palpite

nem
sua
crendice
em
sentido
que
se
explique

e
por
pura
mesmice
seguirei
rabiscando
o
que
lhe
parece
nonsense

mas
lhe
digo
sem
embuste
:
se
não
criar
meus
repentes
não
chegarei
a
velhice

acredite

5 comentários:

  1. Chegaras a velhice
    sem comer alpiste
    sem acreditar em tal crendice
    o poema é tua asa de pássaro
    rebelde revolucionário pós-concreto
    bico de aço baioneta punhal
    cantas acordes em cordas de violão
    tece nas teias dos rios igarapés
    com lápis remo enxada pinceis
    a canção dos pássaros encantados
    não precisas de painços alpistes
    nem temer os espantalhos de braços
    abertos e olhos assombrados
    poetas não sentem tanta fome
    seu alimento são as estrofes
    compositores não temem as dores
    seus nervos tecem acordes harmonicos
    seus dedos procuram os sons tons cores
    não temem a morte
    porque encontraram na forma
    o poema que alimenta a vida
    todo santo dia
    toda madrugada blogada.

    Luiz Alfredo - poeta.

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  2. Morrer...
    Mas que tolice!
    Sabe o que
    seu Manuel
    me disse?

    "Passarrinho
    não tem
    velhice"

    Passarinho avoa!

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  3. A versão, corrigindo o nome do seu Manoel

    Morrer...
    Mas que tolice!
    Sabe o que
    seu Manoel
    me disse?

    Passarrinho
    não tem
    velhice

    Passarinho avoa!

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  4. poeta
    que morre
    mas deixa seus versos
    a nos alucinar
    atormentar
    sangrar nosso coração
    canção de puro pássaro
    oração de espirito sombrio
    poetas que morrrem
    mas continuam a assombrar
    com seus poemas eternos
    que nunca morrem
    pessoas morrem
    e nos deixam em silencio
    mas eles não
    suas estrofes se cravam
    em nosso ser
    e ficam nos olhando
    como espantalhos de olhos abertos.

    Luiz Alfredo - poeta

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