domingo, 24 de março de 2013

ele pensava nisso todo dia

"
quando
eu
tiver
partido
quem
ferirá
as
cordas
do
meu
instrumento
na
tarde
?

quem
ocupará
o
espaço
entre
meu
silêncio
e
a
solidão
das
horas
?

quem
assumirá
o
auto
exílio
tecido
em
ausências
sazonais
que
pontuei
?

quem
cantará
a
minha
voz
quando
ela
não
mais
me
pertença
ou
seja
?

quem
lerá
o
poema
que
em
mim
nunca
se
fez
?
"

4 comentários:

  1. ~sem princípio, sem fim~
    por Carlos Mettal no mausoléu

    não partirás
    à tarde da tarde
    sem antes o epitáfio gravar
    na pauta sincrônica do granito
    pode ser blues, cantiga ou até jazz

    das horas em hóstias de silêncio
    agitarei o lenço da solidão da partida
    se havendo espaço entre o eu,agora,depois,a hora

    sanzonal pontuação do exílio exilado que ora

    não canto o canto do encanto, embora grite
    diafragmal espanto ao chamado do guia,o conduz

    ao poema da pena que voa, chora, rega e renega
    partida se faz ao ir no agora~

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  2. pluma volitando no ar
    existência finda
    espirito livre
    finalmente

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  3. Os pássaros ficaram ainda
    com as tardes
    e as andorinhas desenharão
    o verão
    e teu violão calado
    mal afinado
    cantará tuas canções

    os versos dispersos
    vagarão
    nos Uni-versos
    e outros poeta espalharão
    mais versos
    nesta Terra Azul
    e alguém vai topar com algum
    fragmento poético teu
    com eu me deparei com os olhos
    verdes de Helena de troia
    adormecidos nos versos de Homero

    mui belo verso

    Luiz Alfredo - poeta

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