quarta-feira, 28 de abril de 2010

jogos florais

se
passas
prosa

o
miosótis
orna
o
verso
de
orquídias
&
rosas

se
passas
poema

o
jasmim
solfeja
o
jazz
do
jardim
na
cena

Um comentário:

  1. Vou à taberna do Álvares de Azevedo
    E tomo um poema de absinto no crânio do Byron
    Vou à floresta negra iluminada pelo luar de Gaspar
    Procurar a flor azul no poema de Novalis
    Vou aos pampas descampados de campinas
    Tomar um poema do Quintana na cuia de mate
    Vou ao sertão de Russas das éguas ando léguas
    Beber no rio Jaguaribe um soneto do Francisco Carvalho
    Vou a Itabira de Drummond no meio de uma pedra
    Ler poemas de aço em grossos calhamaços
    Vou lendo lento como um caramujo cujo
    A declamar Gullar e seu poema sujo
    Vou ao subúrbio e garatujo aos arredores de Brooklyn
    Cantando Whitman em mim mesmo in the blue sky
    Vou construindo com a foice vermelha e doses de vodcas
    Versos revolucionários fundidos de Maiakovsky
    Vou pelas ruas frias curitibanas lendo haikais de Alice Ruiz
    Poemas de saquê floral zen oriental tao de Leminsky
    Vou para sertão de Assaré escutar na praça o cordel
    Estendido cordão canção xilogravura nativa de Patativa
    Vou sem rumo fumo sativa sem direção na alma perdida
    Cantando os sonetos do Alentejo de Florbela da Conceição
    Vou fumando no meu narguilé poemas de Rimbaund
    Tragando campos floridos de haxixe e pétalas de papoulas
    Vou navegando delirando no rio cousa alguma coisa
    Declamando rimas de desilusões enganos de Vespasiano Ramos
    Vou comendo na madrugada fria estes poemas blog ais frugais
    Puro fio de luar aluá guaraná do mano Vaz Rubens Assaz.
    Tantos poemas tantas canções tantas aulas tantos caminhos
    Acordes letras pautas pausas violas tantos Binhos.

    Luiz Alfredo – Manin.

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