domingo, 30 de janeiro de 2011

lero com o leitor 3

nem
ligou
pro
queu
disse

achava
tudo
tolice
quase
sempre
um
despiste

lia
porque
queria
saber
se
valia
à
pena
a
poesia

não
se
importava
se
alguma
coisa
eu
calava
ou
dizia

nem
queria
expor
o
que
pensava
ou
sentia

eu
disse
:
fale
então
sobre
o
que
não
pensa
ou
sente


se
permite
o
apalpar
do
palpite

ouvi
quando
baixinho
disse
:
vou
até
onde
o
sentido
admite

5 comentários:

  1. Sempre ligam, pois a poesia parece um chamada intraumana.

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  2. Será? As vezes penso que a linha está sempre ocupada. Vou acreditar em você!

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  3. Rubens, além de carregarmos o mesmo nome, também temos a palavra a engendrar e lavrar poemas.

    grande abraço.

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  4. Seja bem-vindo! Fico feliz sempre que encontro os aliados da palavra. A coincidência de nomes reforça a sintonia. Também sou capricorniano do dia 14/01. Apareça sempre. Abraço

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  5. ligam sim
    as vezes
    só as vezes
    fingimos que não
    para ver a expressão
    no rosto cheio das marcas do tempo

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